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Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas. 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Escrito a princípio como folhetim, de março a dezembro de 1880, na Revista Brasileira, para, no ano seguinte, ser publicado como livro, pela então Tipografia Nacional. Publicado em 1881 – marco inicial do Realismo no Brasil e obra inicial da produção realista do autor. Memórias Póstumas de Brás Cubas retrata a escravidão, as classes sociais, o cientificismo e o positivismo da época, chegando a criar, inclusive, uma nova filosofia, mais bem desenvolvida posteriormente em Quincas Borba (1891) — o Humanitismo, sátira à lei do mais forte. Críticos escrevem que, com esse romance, Machado de Assis precedeu elementos do Modernismo e do realismo mágico de escritores como Jorge Luis Borges e Julio Cortázar, Primeiro romance psicológico brasileiro.
O livro é crítico porque analisa a vida, as relações humanas, mostrando o quanto algumas são ( prazerosamente ) fingidas – as que partem do desejo humano – ASCENSÃO, PODER E GOZO; e outras (dolorosamente ) verídicas – as que são da natureza, infalíveis – A DOENÇA, A MORTE, A VELHICE, O TEMPO, O AZAR No livro, constata-se que as verídicas se impõem aos homens independentemente de suas vontades tornando as fingidas falíveis. Não há crítica direta ou aberta aos personagens – ela é implícita – o leitor é que tem que perceber as características dos mesmos. O autor, nesta obra, acabou com o sentimentalismo, o moralismo superficial, a fictícia unidade da pessoa humana, as frases piegas, o receio de chocar preconceitos, a concepção do domínio do amor sobre todas as outras paixões.
O seu enfoque central não é a vida social ou a descrição das paisagens, mas a forma como seus personagens veem e sentem as circunstâncias em que vivem. Em vez de enfatizar os espaços externos, investe na caracterização interior dos personagens, com suas contradições e problemáticas existenciais.
Personagem principal – sua visão do mundo. Defunto –autor X Autor-defunto- importância. Falo sem temer mais nada Típico burguês da segunda metade do século XIX, encarna o homem que passou a vida sem conquistar nenhuma realização efetiva. Se na infância o personagem fora uma criança abastada e protegida, torna-se um jovem adulto leviano, em busca da melhor maneira de tirar vantagem. Na maturidade, começa a buscar a compensação pela existência sem nada de notável, sem filhos ou realizações: consegue um cargo público, busca notoriedade e respeitabilidade ao querer tornar-se ministro. Pouco antes de morrer, imagina ainda um último modo de se perpetuar: inventando um emplasto, uma medicação sublime. o defunto-narrador-autor é representação metafórica de um Brasil escravista, contaminado por contradições entre o arcaico e o moderno.
Aparentemente, seu relato caracteriza-se por uma postura de isenção, ou seja, prima pela imparcialidade, já que um morto não teria qualquer necessidade de mentir, já que deixara o mundo dos vivos e, assim, abandonara qualquer comprometimento, ilusão ou envolvimento. No entanto, se observarmos com cuidado, a obra só poderá ser entendida se começarmos por analisar o que o personagem conta, procurando perceber certos sinais, que indicam que ele mente, exagera e chega, inclusive, a ser incongruente. Brás Cubas manipula a história, mostra-se sempre superior, com mania de grandeza, desde o início de seu relato. Chega a comparar seu relato ao Pentateuco, que é um livro sagrado, histórico, fundador de uma tradição religiosa, atribuído a Moisés, um profeta universalmente importante, insinuando que a diferença radical entre este relato e o seu seria apenas o fato de Brás narrar sua existência partindo da morte e Moisés, seguindo a cronologia normal, tomando o nascimento como início. Logicamente, apenas um grande presunçoso não perceberia a diferença entre as duas narrativas, o grau de importância de cada uma, o que nos revela o grande presunçoso que ainda vive no defunto-autor Brás Cubas. .
A sequência do livro não é determinada pela cronologia dos fatos, mas pelo encadeamento das reflexões do personagem. Uma lembrança puxa a outra e o narrador Brás Cubas, que prometera contar uma determinada história, comenta todos os outros fatos que a envolvem, para retomar o tema anunciado muitos capítulos depois. Época do primeiro ao segundo império – escravidão. A sustentação do país era agrária, a elite consumia estrangeirismos. No livro, o tempo que envelhece as pessoas e lhes destrói as ilusões é uma das estruturas centrais.
Ironia - Machado de Assis utiliza-se da ironia como um recurso para fazer o leitor desconfiar das declarações, pensamentos e conclusões do narrador Brás Cubas. Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei . Digressão - É o que acontece, por exemplo, na parte inicial do romance, quando Brás Cubas deixa em suspenso por vários capítulos a explicação para sua morte, que prometera desde o início, para passear descomprometidamente por assuntos tão díspares quanto as pirâmides do Egito e a sua árvore genealógica. Quando volta a falar da causa mortis, é para comentar, com ironia acabemos de uma vez com o nosso emplasto . Como se já tivesse explicado antes do que se tratava! Conversa com o leitor - O leitor de Machado é constantemente solicitado a interagir criticamente com a obra, distanciando-se ainda mais do modelo de leitura proposto pelos romances românticos, que mobilizam a emoção e a imaginação. Veja o leitor a comparação que melhor lhe quadrar, veja-a e não esteja daí a torcer-me o nariz, só porque ainda não chegamos à parte narrativa destas memórias. Lá iremos. Creio que prefere a anedota à reflexão, como os outros leitores, seus confrades, e acho que faz muito bem .
Metalinguagem e experimentação- Exemplo: para traduzir a frustração de Brás Cubas quando não consegue se tornar ministro, a solução do autor foi deixar o Capítulo 139 em branco. No capítulo seguinte, explica: Há coisas que melhor se dizem calando; tal é a matéria do capítulo anterior . Eufemismo. Metáforas. Vocabulário elegante. Crítica ao Romantismo- Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis ()
Na obra, há pessoas felizardas, mas não personagens felizes. Ninguém é verdadeiro ou sincero. Sofremos porque somos egoístas, vaidosos, porque sonhamos além da conta, porque a sociedade é mal estruturada, porque os homens se exploram mutuamente Há uma insistência na dor, no fracasso, na implacável passagem do tempo – isto tudo vale para o negro, para o branco, para pobres e para ricos – Não é Determinista.
Prega o Humanitismo. Quincas Borba é importante porque introduz Brás Cubas na teoria que inventou, o Humanitismo. Na verdade, a teoria do mendigo é uma caricatura que Machado de Assis faz do positivismo e do evolucionismo, teorias científicas e filosóficas em voga na época que atribuem sentido de evolução mesmo às fatalidades da vida. A ironia é uma das marcas da obra de Machado de Assis. Nesta obra isso fica claro quando o autor faz com que uma doutrina de valorização da vida seja defendida justamente por um mendigo que morre completamente louco. Morre nos braços de Brás.
- Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos que assim adquire forças para transpor a montanha e e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais feitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. - Mas a opinião do exterminado - Não há exterminado. Desaparece o fenômeno; a substância é a mesma. Nunca viste ferver água Hás de lembrar-te que as bolhas fazem-se e desfazem-se de contínuo, e tudo fica na mesma água. Os indivíduos são essas bolhas transitórias.
Brás Cubas - narrador - morto aos 64 anos - ainda próspero e rijo , fidalgo. Peralta quando criança, mimado pelo pai, irresponsável quando adolescente, tornou-se um homem egoísta a ponto de discutir com a irmã pela prataria que fiou de herança do pai e tornar-se amante da mulher de seu amigo, Lobo Neves, se bem que nesse romance não se pode dizer propriamente que alguém é amigo de outro.
Tinha uma única irmã, Sabina, casada com Cotrin, com quem teve uma filha, Venância. Seus tios eram João, oficial da infantaria, Ildefonso, padre , e Emerenciana, a maior autoridade de sua infância. Ao falecer, tinha 64 anos (expirou às duas da tarde de uma Sexta-feira de agosto de 1869), era solteiro e em seu enterro compareceram 11 pessoas. Sua morte foi assistida por 3 mulheres: a irmã Sabina, a sobrinha e Virgília..
Virgília - filha do comendador Dutra, segundo o pai de Brás, Bento Cubas: A Ursa Maior , amante de Brás Cubas, casa-se com Lobo Neves por interesse. Mulher bonita, ambiciosa, que parece gostar sinceramente de Brás Cubas, mas jamais se revela disposta a romper com sua posição social ou dispensar o conforto e o reconhecimento da sociedade.
Damião Lobo Neves - casado com Virgília, homem frio e calculista. Marido de Virgília, homem sério, integrado ao sistema, ambicioso, mas muito mais supersticioso, pois recusou nomeação para presidente de uma província só porque a referida nomeação aconteceu num dia 13.
Quincas Borba - menino terrível que dava tombos no paciente professor Barata. Colega de escola de Brás, que o encontrará mais tarde mendigo, rouba-lhe um relógio mas retorna-o ao colega após receber uma herança. Amigo de infância do protagonista. Desde criança era de um temperamento ativo, exaltado, querendo ser sempre superior nas brincadeiras. Cubas diz que ele é impressionante quando brinca de imperador. Quando adulto, passa pelo estado de mendigo, evoluindo depois para filósofo e desenvolve um sistema filosófico, denominado Humanitismo, que pretende superar e suprimir todos os demais sistemas até tornar-se uma religião.
Marcela - Primeiro grande amor de Brás Cubas, uma prostituta de elite, cujo amor por Brás duraria quinze meses e onze contos de réis. Mulher sensual, mentirosa, amiga de rapazes e de dinheiro. Ganha muitas joias do adolescente Brás Cubas. Contrai varíola e fica feia, com a pele grassa como uma lixa. Sabina - irmã do narrador e que, como ele, valoriza mais o interesse pessoal e a posição social do que amizade ou laços de parentesco. Cotrin - casado com Sabina, é interesseiro, traficante de escravos e cruel com eles, mandando-os castigar até correr sangue.
Eugênia - Filha de Eusébia e Vilaça, menina bela embora coxa. Era moça séria, tranquila, dotada de olhos negros e olhar direito e franco. Tinha ideias claras, maneiras chãs, certa graça natural, um ar de senhora, e não sei se alguma outra cousa; sim, a boca exatamente a boca da mãe . Nhá Loló - moça simplória, tinha dotes de soprano - morre de febre amarela. Nhonhô - filho de Virgília. D. Plácida empregada de Virgília confidente e protetora de sua relação extra conjugal.

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